segunda-feira, 27 de junho de 2011

Imagens e Relato - Urubici, São José dos Ausentes, Cambara do Sul e Região

Galera, nao pude deixar de postar este relato... eu já girei um pouco neste trecho, e outra parte diz de carro... Este ano o desafio das serras foi na região também, confiram e curtam o relato, que é ótimo.



Na foto acima, estou em São José dos Ausentes (RS), ensopado de suor por baixo da roupa e completamente molhado de chuva e lama por cima... Para completar estamos nos primeiros dias de inverno e sopra um ventinho gelado, típico do sul, e tudo o que consigo pensar é: "que #%&@$*! estou fazendo aqui?".

A resposta é: "tentando pedalar mais de 500 quilômetros em 8 dias, mapear trilhas ligando Urubici (SC) a Cambará do Sul (RS), ida e volta por caminhos diferentes"...

Mas não rolou...

Uma frente fria e úmida transformou a viagem de exploração e mapeamento do terceiro anel do Guia de Trilhas Carretera Austral (BluGrama) em um teste de paciência e resistência (link para o post pré-expedição).

Conseguimos, eu e meu amigo Hendrik Fendel, pedalar de Urubici a Bom Jardim da Serra (60 quilômetros) no primeiro dia. A previsão era de chuva fraca, mas o sol brilhou todo o dia. Vimos a bela Cachoeira do Avencal (de cerca de 97 metros de altura), cruzamos parte do Parque Nacional São Joaquim e visitamos um pequeno cemitério abandonado na década de 50.

No segundo dia, também com previsão de chuva, arriscamos a sorte e pedalamos mais 49 quilômetros até a entrada para o Cânion Monte Negro. No caminho cruzamos a fronteira entre os estados de SC e RS pelo leito do Rio das Contas, já que a ponte havia caído na última enxurrada. O sol aparecia e desaparecia entre nuvens, mas o tempo ficou seco. Mas durante a noite nossa sorte mudou e começou a chover forte...

O terceiro dia, quando pedalamos 84 quilômetros do Cânion Monte Negro até Cambará do Sul, passando por São José dos Ausentes, foi um martírio! Chuva fina e ininterrupta, vento gelado contra e lama sem fim transformaram a quilometragem, relativamente alta, em uma maratona de sofrimento. Não tinha graça!


Depois disso não parou mais de chover e a previsão era sempre para pior, muito pior. No hotel onde estávamos conhecemos um hóspede que transportava uma máquina em um pequeno caminhão e pedimos carona. Ele vinha de Santa Catarina e voltaria para lá no dia seguinte. Abortamos a viagem de bike e voltamos para Urubici na boléia do caminhão...

Agora preciso marcar novamente essa viagem de mapeamento quando o tempo firmar... Alguém conhece alguma mandinga tiro certo para espantar chuva?






Abraços,
Guilherme Cavallari
clubedaaventurakalapalo.blogspot.com

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