Um pouco chateado com o que aconteceu hoje na 3ª etapa do Alpentour Trophy...
Foi a primeira etapa que consegui mostrar a cara e ser ativo na ponta do pelotão. Ataquei bastante na primeira metade da etapa, fiz fugas e andei forte. Enfim as pernas estavam em ritmo de competição.
Larguei como 8º na classificação geral. Hoje a etapa teve 68km e 2800m de ascensão acumulada.
Mais um dia duro, com muitas trilhas difíceis, um pouco de altitude e muitas paredes pra escalar.
Mas hoje as subidas eram mais “quebradas”, o que me ajuda bastante para competir com os maratonistas. Hoje a corrida foi mais animada, com mais ataques e o pelotão quebrando e reagrupando o tempo inteiro. No começo da prova ataquei bastante porque os dois atletas a minha frente na geral (Vastaranta e Bart Aernouts) demonstravam dificuldades de se manter com o pelotão e também o 9º colocado da geral, Van Hoovels, que perdia contato as vezes.
O líder Tony Longo e Leonardo Paez estavam acompanhando a movimentação. Roel Paulissen mandava alguns ataques no estilo maratonista, com acelerações longas e o suíço Lukas Bucli também tentava alguma coisa as vezes. Chegamos ao topo da primeira montanha, com 21km num grupo de 6.
Percebi que eu e o suíço estávamos descendo melhor que o restante então começamos a forçar nas subidas mais curtas e descer soltando...Isso foi forçando o pelotão e foi quebrando o grupo.
Conseguíamos pequenas vantagens e éramos alcançados, mas a cada vez o número de atletas que voltavam era menor. Ele seria o “aliado” perfeito para mim, pois era o quarto na geral, desce bem, muito forte no plano e sobe em ritmo constante. Ficamos nessa por um bom tempo, até que por volta do km 40, quando ele puxava tomamos uma direção errada numa descida e saímos em uma estrada onde viramos a esquerda. O grupo perseguidor teve o mesmo erro mas um atleta estava com GPS e tomaram a direção certa, que era para direita...Como o suíço já correu várias vezes aqui (inclusive sendo 2 vezes vice-campeão)perguntei se ele sabia se estava certo, pois os percursos são repetidos ao longo dos anos...Ele ficou meio na dúvida e então voltamos. Perdemos bastante tempo e boas posições.
No final cruzei em 12º e cai algumas posições a geral. Uma pena.
Esse tipo de coisa acontece em provas de etapa. A marcação geralmente não é tão evidente – pelo menos para um biker com o coração a 190bpm – e se você andar como em uma prova de XC a chance de errar em algum ponto existe.
Amanhã é a última etapa. Vamos pra cima e ver o que consigo fazer e se Deus quiser, que tudo dê certo da largada até a chegada.
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