Ultimamente, um número cada vez maior de acidentes envolvendo ciclistas, até com vítimas fatais, tem sido observado. Não há dúvidas de que as ciclovias resguardam a vida do ciclista, porém, o uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) é indispensável para garantir a segurança do ciclista que compete, mas também daquele que usa a bicicleta para passeio ou para trabalhar.
Adquiri-los, é uma obrigação para qualquer que um que opta pela vida saudável, mas não quer arriscar sua vida.
Segundo o ciclista Rafael Louro, 31, entre os EPIs mais usados pelos atletas da modalidade, o capacete está em primeiro lugar, seguido pelas luvas e óculos. “Eles são fundamentais para quem quiser pedalar.
E se for à noite, tem de vir acompanhada da iluminação na bike”, disse o atleta que corre pela equipe Manaus Esporte Clube/ Açaí no Ponto. Louro fala isso com a experiência de quem conquistou o 3º lugar na 2ª Volta do Pará e o 1º lugar no Circuito amazonense de Ciclismo.
E o atleta dá outras dicas para que os ciclistas possam pedalar de maneira segura e ficar menos expostos a acidentes. “Andar sempre próximo das calçadas, não pedalar com fone de ouvido, pois tira a atenção; sinalizar sempre que for parar ou dobrar e, se possível, andar sempre em grupo para se tornar mais visível e sempre manter a bike revisada”, enumera.
Apesar de o Código Brasileiro do Trânsito (CBT) não obrigar que o ciclista use os equipamentos, a opinião de todos os praticantes é quase unânime com relação ao uso dos equipamentos.
“Eu estimulo e aconselho o uso dos equipamentos de segurança, inclusive, não vou nem até a esquina sem meu capacete e sei de vários casos em que o capacete salvou a vida do ciclista”, diz Cláudia de Oliveira, 40, coordenadora do grupo Pedala Manaus, um dos maiores grupos que realizam tour por toda a cidade.
Ela mesma já foi vítima de acidente e lembra que só está viva porque usava o equipamento corretamente. “Em março de 2012 eu sofri um acidente enquanto pedalava. O capacete salvou a minha vida. Caí de cabeça no chão, desmaiei e a proteção interna do capacete partiu ao meio. Eu não tenho dúvida de que teria morrido se não estivesse protegida. Até hoje guardo o capacete e o transformei em um vaso de plantas”, revela.
Jorge Farias, 29, o “Gringo”, é ciclista há 15 anos e faz da bicicleta, além de seu instrumento de treino para as competições, o seu meio de transporte. Ele chega a pedalar 60 quilômetros por dia – treino mais o percurso a ida e volta ao trabalho. “Moro na Zona Leste e trabalho no Centro. Vou e volto todos os dias de bike e ainda treino duas horas por dia”.
Gringo sabe bem a importância do equipamento de proteção. Ele mesmo já sofreu acidente. “Uma vez eu me deparei com um buraco e caí feio. Só não me machuquei porque estava de capacete e luvas”.
Fonte: Em Tempo
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