Para fugir do trânsito caótico das grandes cidades, executivos aposentam seus veículos e apostam em alternativas saudáveis para ir ao trabalho
Que andar de bicicleta é bom e faz bem todos sabem, mas que essa alternativa passou a ser cada vez mais adotada também por executivos de grandes empresas poucos imaginam.
Em São Paulo não é raro encontrar, por exemplo, CEOs das mais diversas companhias transitando por aí. Se duvida, basta observar atentamente as principais avenidas da cidade. Na Paulista, por exemplo, não será difícil encontrar um ciclista de bermuda e camiseta numa manhã de segunda-feira. Já na avenida Brigadeiro Faria Lima, onde se localizam os principais edifícios comerciais da capital, uma boa espiada poderá até render a visão de um executivo em traje social e capacete em cima de uma bicicleta.
Motivos não faltam para se livrar do trânsito caótico da cidade e desse assunto, o superintendente Santander Universidades, Daniel Mitraud (foto), de 38 anos, entende bem.
“Além de perder seis quilos desde que comecei a pedalar, melhorei minha condição cardíaca e física, e passei a economizar R$ 300 de combustível por semana, sem contar o gasto com estacionamento”, conta Mitraud, que realiza diariamente um percurso de nove quilômetros entre a sua residência, na Vila Mariana, e o banco na Vila Olímpia, em São Paulo.
Imagem: Thinkstock |
Outro que também percebeu os efeitos dessa economia foi o CEO da rede Seven Idiomas, Steven Beggs. O executivo circula, três vezes por semana, seis quilômetros de bike da sua casa na Lapa até a rua Augusta, em São Paulo.
“De carro gastaria de 45 minutos para chegar ao trabalho. De bicicleta, gasto 25 minutos. Então, além do tempo, economizo R$ 400 com gasolina e estacionamento”, avalia o executivo, de 52 anos.
Prática interestadual
E vontade de pedalar não falta para quem gosta da atividade. Alguns CEOs gostam tanto de andar com suas bikes por aí, que criam soluções até para andar em outros estados quando convocados para reuniões de negócios.
E vontade de pedalar não falta para quem gosta da atividade. Alguns CEOs gostam tanto de andar com suas bikes por aí, que criam soluções até para andar em outros estados quando convocados para reuniões de negócios.
“Ando cerca de 20 quilômetros todos os dias em Paranaguá, no Paraná, mas quando vou a São Paulo à negócios, por exemplo, fico hospedado em um hotel e pego minha bicicleta que fica guardada em uma loja da capital”, conta o CEO da Rocha Terminais Portuários e Logística, Marcelo Bruzzi.
Segundo ele, sempre que precisa utiliza a bicicleta nas ciclovias e deixa o táxi para trajetos mais longos.
Três é demais!
E se ter duas bicicletas é uma boa pedida para um executivo, três então, uma em cada estado, nem se fala. Bruzzi gosta tanto da prática que conta que possui outra bicicleta em seu apartamento no Rio de Janeiro - onde às vezes fica para visitar os clientes da empresa no estado.
E se ter duas bicicletas é uma boa pedida para um executivo, três então, uma em cada estado, nem se fala. Bruzzi gosta tanto da prática que conta que possui outra bicicleta em seu apartamento no Rio de Janeiro - onde às vezes fica para visitar os clientes da empresa no estado.
“Quando vou para o Rio de Janeiro pedalo uns 14 quilômetros por dia”, conta o profissional que atualmente mora em Curitiba e que se apaixonou pelas bicicletas em 2005, quando esteve no Canadá.
Roupas: o que fazer?
Hoje, muitos executivos se recusam a ir de bicicleta para o trabalho justamente por não saber como resolver a questão das roupas: ninguém quer passar oito horas do dia com a roupa da pedalada, não é mesmo?
Hoje, muitos executivos se recusam a ir de bicicleta para o trabalho justamente por não saber como resolver a questão das roupas: ninguém quer passar oito horas do dia com a roupa da pedalada, não é mesmo?
Para não precisar enfrentar essa situação, uma boa dica é usar o método adotado por Mitraud: uma mochila e uma troca de roupa.
“Como o banco tem vestiário, levo na segunda-feira uma mochila com cinco camisas e três calças. Então, durante a semana vou ao trabalho com trajes leves - bermuda, camiseta, capacete e luva - e lá tomo banho. Levo para casa apenas as roupas sujas”, conta o executivo do Santander, que relata que essa não é uma necessidade de alguns dos seus colegas. “Os que moram aqui perto geralmente vêm de bicicleta e terno mesmo”, conta.
Fonte: Administradores
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