quarta-feira, 2 de julho de 2014

BC Bike Race 2014 - Stage 2


No primeiro dia fiquei assustado com as passarelas de madeira, em meio à floresta. Apenas 50cm de largura, e 10cm acima do solo. Chegamos rápidos demais, são lisas demais, convite à confusão.

No segundo dia, as malditas pontes diminuíram para 20cm de largura, em alguns lugares a 2m do chão, fazem curva e ainda tem árvore no meio para desviar o guidão. Tem base?

No primeiro escorregão sério do segundo dia, nas raízes ensaboadas e rochas besuntadas de vaselina (eu acho), levei uma pancada tão forte que certamente encerrei a carreira de reprodutor.

O primeiro capote cinematográfico foi em um barranco tão “íngridi” que levei alguns instantes para checar as partes do corpo, se permaneciam juntas. E uma jovem senhora, rosto bem marcado e cabelos brancos - ou tem mais de 60 ou andou muito em estrada de terra - me disse, docemente: - Vou me preservar! Ainda temos uma semana inteira.

- Excelente ideia. Por favor, a senhora primeiro, respondi.

Em 30 segundos a perdi de vista! What a...

Aí vieram as árvores. Mata escura, sem óculos, parecendo noite. Fui providenciar um atalho, o guidão travou em uma árvore e bati com tanta violência em outra, que fiquei assustado.

Pensei: - Ocê pode ser mais inteligente que eu, árvore do cão, mas mais forte ocê num é.

Barranco, quase vertical, cheio de valas e raíz. Pedi ajuda à gravidade, embalei o quanto pude, perdi a frente propositadamente, escolhi o lado mais forte - o direito - determinei a vítima e dei-lhe a maior PORRADA que pude.

Ela nem se mexeu. Será que o Wolverine andou por aqui, injetou aquela parada sinistra e usou justamente essa árvore para treinar?

PELAMORDEDEUS, uai! Alguém me explica do que a madeira canadense é feita!



Weimar Pettengill

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