sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Com radicalidade, ciclismo de montanha alia natureza à atividade física

Com radicalidade, ciclismo de montanha alia natureza à atividade física  As trilhas dos montes e serras brasileiras são os locais perfeitos para a prática do ciclismo de montanha. Mata, trilha, barranco, terra são o ambiente predileto dos amantes da modalidade. Alta velocidade, adrenalina e as eventuais quedas não intimidam as 12 mulheres da equipe DH Girls que invadem as trilhas de downhill (descida), uma das oito variações do esporte, na Serra da Cantareira, no interior de São Paulo.

Beatriz Diniz Ferragi, 23 anos, integrante da equipe feminina, é uma das apaixonadas pela modalidade. Praticante do cross-country há 12 anos e do downhill há três, Bia considera que a prática do esporte é essencial, não apenas para a saúde, mas também como refúgio da rotina de trabalho.

As provas de cross-country são de longas distâncias, com cerca de 40 km, em terrenos irregulares, com subida e descida, em trilhas abertas e fechadas. A prova pertence ao cronograma dos Jogos Olímpicos. Já as provas de dwonhill são disputadas em descidas curtas, com alto grau de dificuldade, com provas de até quatro minutos, com os atletas percorrendo várias vezes o mesmo circuito.

Beatriz teve o primeiro contato com a modalidade aos 11 anos. “Antigamente a minha família ia muito para a praia. Depois, quando mudei para Itu (interior paulista) comecei a andar de bicicleta no condomínio e nas trilhas das redondezas. Com isso conheci uma turma que andava de cross-country e depois passei para o downhill”, explicou.


Atualmente, a DH Girls é considerada a maior equipe feminina de dwonhill do mundo. O esporte é perfeito para quem gosta de praticar atividade física aliada à natureza. “A nova geração do esporte é muito boa. É só comparar com o cenário do final da década de 1990. Hoje, os adolescentes estão andando no nível muito bom”, disse Beatriz, acrescentando que a grande dificuldade é conseguir novos patrocinadores para apoiar os atletas, principalmente no downhill que tem pouca visibilidade.

O ciclismo de montanha foi a modalidade da semana promovida pelo Ministério do Esporte. Na primeira lista de atletas contemplados pelo programa Bolsa-Atleta, em 2013, trinta bolsistas são praticantes do estilo cross-country, que pertence ao cronograma dos Jogos Olímpicos. 

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