Muito boa....
Hoje é o Dia Mundial sem Carro e muita gente sugeriu ações para marcar a data. Quero dizer que um convite para uma ação como essa em São Paulo é uma piada de péssimo gosto.
Vamos dar resposta aos que dizem “vai de bicicleta, vai de metrô, vai de carro”.
Primeiro: quem vai de bicicleta vai para ser morto, como o Antonio Bertolucci, executivo da Lorenzetti que foi atropelado em junho desse ano. E ele, infelizmente, é mais um número entre tantos.
Segundo: quem vai de metrô, vai mal. Hoje, no Manhã Bandeirantes, o Joelmir Beting falou que para o metrô funcionar numa cidade do tamanho de São Paulo, teríamos que ter 500km de linha. O metrô da Cidade do México começou a ser construído na mesma época que o nosso. Eles têm 300km, nós temos 80km.
Terceiro: é exemplar o Dia Mundial sem Carro começar com um acidente de ônibus em que sete pessoas ficaram feridas - e podia ser mais. A questão é que a população não confia nos coletivos e só pega ônibus quem não pode.
E quem não pode, não pode mesmo. Temos visto mil facilidades para a aquisição de automóveis. Hoje o cidadão espirra de manhã no banco e àhttp://www.blogger.com/img/blank.gif tarde já tem o crédito aprovado para comprar o veículo.
Então, claro, com um transporte público sofrível, quem tem um mínimo – e atualmente é mínimo mesmo – de condições compra o seu carrinho em 380 vezes e vai pra rua. Na maioria das vezes, inclusive, sem o seguro – que é uma verdadeira porretada no bolso – arriscando a perder o carro na esquina para algum ladrão qualquer.
E assim é São Paulo, uma grande cidade do mundo que não se comporta como grande cidade do mundo. Por aí o que vemos é o pessoal indo trabalhar de trem, de metrô, de ônibus. Chegando seguros ao seu destino. Chegando no horário. Com tranquilidade, com qualidade. Por aqui? Só rindo, meu amigo, só rindo.
Fonte: Brasil Urgente
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