Galera, confira essa competição... 600 km, quem topa?? peguei emprestado do blog http://adinamicadopedal.blogspot.com/ , e tem várias dicas q podemos utilizar também..
Acerca da segurança… do Portugal na Vertical
Há medida que me vou apercebendo dos riscos de pedalar longas distâncias e percebendo quais os riscos de outros países onde eventualmente é mais fácil partilhar a estrada há um aspecto que é evidente...
Pedalar muitas horas nas estradas portuguesas é perigoso, tanto ou mais perigoso que noutros países onde o “randonnneuring” é um desporto com milhares de participantes e onde eventualmente se possa considerar que existe outro patamar de civismo.
Este é um dado de partida; É perigoso pedalar 600 kms em estradas nacionais, algumas delas com muito tráfego, sem berma e sem iluminação… e quanto a isto não há grande volta a dar.
Se tomarmos como exemplo os EUA onde os BRM são participados às centenas, nos últimos 3 anos morreram em acidentes durante BRM 3 dos cerca de 5000 membros dos Randonneurs USA. Fazendo contas rápidas significaria que se toda a população dos EUA participasse em BRM, estes seriam a 8ª causa de morte, tomando como fidedignos estes dados concluísse que quem participa em BRM tem 50% mais hipóteses de morrer num acidente do que a restante população. Não são grandes noticias.
E por cá qual será o nível de risco? Não sei, mas não deve ser menor.
Acho que tenho noção de que o Portugal na Vertical, especialmente durante a noite, tem probabilidades de acidente a não descurar. Ter noção não chega, é bom ganhar consciência deste risco e encontrar formas de o minimizar e evitar fazer coisas estúpidas. De seguida é necessário reflectir se vale a pena correr o risco.
A factura para quem pedala e para quem nos rodeia quando estas “aventuras” correm mal é grande e não há resgates do FMI… é que há coisas que os € não compram e a "glória" é vã e má conselheira.
Este ano para mim o Portugal na Vertical, tudo a correr bem, é o passaporte para o PBP 2011. Vale o risco? Nem sempre tenho a certeza, ainda assim ste ano é mais um ano em que vou correr o risco, mas é um risco sem rede.
Tomando a decisão de o realizar há formas de minimizar os riscos? Sim, mas apenas aqueles que dependem de nós ou que podemos influenciar… faltam outras variáveis associadas às estradas e à circulação de carros, motas e camiões que passam a zumbir ao ouvido.
Estradas – As estradas em PT são cada vez mais as auto-estradas, as EN e EM estão em estados de conservação calamitosos pelo que resta tentar escolher estradas com menos carros, as alternativas são poucas….as outras são IC, IP e AE.
Fadiga – Este é um problema sério que tem grande impacto no segurança de quem pedala, nos últimos anos do Portugal na Vertical fi-lo sempre sem dormir, coisa que este ano não vai acontecer pois como por várias vezes percebi a mente prega-nos partidas e quem acha que o corpo é de ferro geralmente aleija-se. Acresce o facto de já saber como é possível pedalar 600 kms sem dormir, pedalar 1200 dessa forma é inviável… alucinações e outros “números” radicais não fazem o meu género.
A mentalidade do acabar a todo o custo – Vai haver um momento em que terei de abdicar e seguir para casa, pode acontecer em qualquer momento sempre que saímos da zona de conforto.
Nesse momento a questão é ter o discernimento para não tomar decisões estúpidas e querer voltar a pedalar invés de correr o risco de ficar com lesões graves... Sim, porque existe uma linha muito ténue entre o chegar e o ficar pelo caminho.
Em última análise existem mais BRM de 600 kms mesmo aqui ao lado, pelo que é importante perceber que os 600 kms não são uma opção de “vida ou de morte” mesmo para quem queira ir ao PBP…. Há vida para além do PBP e muito para além de pedalar 600 kms .
Fast and Furious - A obsessão do tempo. É normal ter-se um plano de andamento, uma métrica que se ganha com a experiência ou até mesmo sem ela. Sempre que começo a pensar muito nos kms/h lembrou-me que já em 1940 havia Randonneurs a acabar o PBP em 38 horas, pelo que a preocupação é sempre a de chegar… chegar já é recompensa suficiente e a pressa por vezes leva-nos a cometer erros estúpidos que nos colocam em risco.
Lesões – Pescoço, zona genital, mãos sem sensibilidade, joelhos… tudo coisas boas. E aqui há que estudar, ler e aprender nem que seja para perceber como as mitigar e decidir quando chega o momento de ir para casa dormir ou de continuar.
Florescente e reflector – Uma das melhores frases que ouvi foi “...anda um tipo a gastar centenas de € para tirar 100 gramas da bike e vocês com coletes e reflectores…etc...”.
Sim é verdade, ainda assim parece-me que meio metro de terra e uma jarra de flores de plástico são mais pesadas e definitivas do que as gramas das luzes e dos reflectores...
Neste aspecto acho que encontrarmos a combinação que nos garante segurança… a possível e a melhor que conseguimos. Luz traseira de cinco leds em modo fixo, 2 leds fixos no drop do guiador, reflectores no quadro da bicicleta, colete reflector, bandas reflectoras nos tornozelos e uma luz frontal de bateria que nos permite pedalar 11 a 13 horas de noite.
Tic... Tac...Tic... Tac...Tic... Tac...Tic... Tac...
Um comentário:
hola bikers,estupendas cronicas y buenos posts,encontramos siempre en este blog,saludos!!!
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