quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ciclistas recorrem a coca-cola para repor energia. Especialistas divergem

Hummmm aquela coca faz uma diferença.... só não pode misturar com melancia... heheheh
Segue abaixo a nota:

Em provas de ciclismo de 140 quilômetros, a distância é percorrida em mais ou menos quatro horas. E, nos quarenta minutos finais, alguns atletas têm um ritual no mínimo curioso: ingerir refrigerante de cola. O brasiliense Rodrigo de Brito, o Morcegão, um dos mais experientes atletas do país, é um dos adeptos. Já fez uso da substância — lícita, diga-se de passagem —, em provas como as Voltas Ciclísticas do Rio de Janeiro, do Uruguai e do Chile — todas de longa distância, onde o atleta perde rendimento.

“É tudo de caso pensado. O refrigerante de cola é uma fonte de açúcar de rápida absorção que ajuda a manter a performance”, afirma o tricampeão da Copa da República de Ciclismo. Morcegão tem ciência de que refrigerante não é o mais indicado a atletas e que a bebida faz mal para o estômago e para os dentes. Mas diz que “a relação custo-benefício vale a pena.”

O refrigerante de cola tem basicamente em sua composição água gaseificada, açúcar, sódio e cafeína. Só uma lata (350 ml) contém, em média, 37g de açúcar. Vitaminas e sais minerais não existem e justamente por isso a ingestão da bebida não é recomendada, segundo a nutricionista Andressa Nascimento da Silva. “Temos outras formas de suprir essa necessidade. Com os suplementos ou outras coisas que são mais adequadas, como os isotônicos”, explica Andressa.

Entretanto, quando o assunto é reposição de açúcar, não há nada melhor que o refrigerante de cola, ressalta o nutricionista Gustavo Carvalho. “Nosso corpo funciona como uma máquina que precisa de combustível para produzir energia”, explica o especialista. E o refrigerante de cola, nesse caso, é bem-vindo, desde que bebido sem gás, para evitar mal-estar abdominal durante a corrida. “Quando se retira o gás do refrigerante, ele vira uma espécie de xarope de açúcar, muito mais concentrado do que sucos e isotônicos. E o sabor é muito mais aceito. Além de conter cafeína, que interfere positivamente no rendimento do atleta”, argumenta Gustavo Carvalho.

Fim das trevas

O ciclista Rafael Borges fez uso de refrigerante de cola em todas as provas que disputou este ano. “Quando não bebo durante a prova, bebo no fim”, diz. Na Volta Internacional de Gravataí, no Rio Grande do Sul, foram ingeridas por ele, em média, três latinhas a cada 160 quilômetros dos cinco dias de disputa. “Além de ser gostoso, proporciona uma reposição rápida de carboidrato. E ainda tem a cafeína. Tudo bem que é uma quantidade irrisória, mas lhe anima, lhe tira das trevas”, diz Rafael.

Uma lata de refrigerante de cola contém, em média, 33mg de cafeína. Enquanto a mesma quantidade de café possui mais que o triplo. “Alguns nutricionistas vão mandar tomar suco ou isotônico. Mas, naquele momento, nada cai melhor que um refrigerante”, garante Rafael.

Estimulante
A cafeína é um estimulante do sistema nervoso central que, ao chegar à corrente sanguínea, atinge o córtex cerebral. A substância provoca efeitos como a redução da fadiga e a melhora da concentração e da capacidade do desempenho de atividades motoras.

Função energética
Os carboidratos têm função energética. Quando ingeridos, são transformados em glicose (açúcar), combustível gasto pelo corpo para realizar suas funções. São encontrados em amidos e açúcares.

Saiba mais
Uso supervisionado
Para o fisiologista Guilherme Molina, a alternativa é uma estratégia válida e barata, mas que só deve ser realizada com a supervisão de um profissional de nutrição ou fisiologista. Afinal, as consequências podem ser graves. A ingestão exagerada de refrigerantes pode levar ao que os médicos chamam de hipoglicemia de rebote. O evento ocorre quando a taxa de açúcar no sangue se eleva (hiperglicemia) e o pâncreas produz muita insulina para colocá-la em níveis normais, gerando a hipoglicemia. Essa queda brusca pode causar tonturas, fraqueza e até levar o indivíduo ao desmaio.

Fonte: http://www.superesportes.com.br/app/19,66/2010/12/14/noticia_maisesportes,11269/ciclistas-recorrem-a-coca-cola-para-repor-energia-especialistas-divergem.shtml

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